snowboard

[Snowboard] Slalom paralelo

A pista vermelha, que tanto ajudou os atletas no slalom gigante, hoje fez várias vítimas, porque se desgastou rápido demais e criou enormes buracos, fazendo todo mundo perder tempo, errar tangências e queimar bandeiras. Nas semifinais a alemã Amelie Kober e o russo Vic Wild, campeão do PGS, foras as maiores vítimas, e tiveram que largar na segunda descida mais de um segundo atrás dos rivais. Ela, que foi desclassificada já na primeira descida por perder uma bandeira, até tirou praticamente toda a diferença, mas já não tinha como se classificar. Ele, que conseguiu contornar todas as bandeiras, fez a segunda descida na pista azul e conseguiu tirar toda a desvantagem, vencendo por quatro centésimos.

Nas finais femininas as duas que desceram na pista azul venceram as primeiras descidas. Amelie Kober (GER) tinha uma vantagem de 0,44s e fez sua descida na pista vermelha apenas três décimos mais lenta que a adversária, ficando com o bronze. Na grande final a vantagem de 0,72s que Anke Karstens (GER) abriu sobre Julia Dujmovits (AUT) na pista azul não foi suficiente, e a austríaca ficou com o ouro por 0,12s.

No masculino, apesar da pista mal tratada, os dois que desceram na pista vermelha venceram as primeiras descidas. Benjamin Karl (AUT) ficou com o bronze após abrir 0,26s na primeira descida e ver o italiano perder totalmente o rumo na tentativa desesperada de alcançá-lo na segunda . Vic Wild (RUS) abriu 0,12s na primeira e quase viu Zan Kosir (SLO) passar à frente na segunda, mas acelerou no fim e ficou com o ouro, o segundo dele em Sochi.

[Snowboard] Slalom paralelo gigante

Feminino
A melhor bateria de oitavas de final foi entre Caroline Calve (CAN) e Ekaterina Ilyukhina (RUS). A russa largou na segunda corrida 1.50s atrás da canadense, mas foi tirando a diferença no percurso e parecia que ia conseguir vencer, mas acabou eliminada por apenas três centésimos de segundo. As três canadenses foram eliminadas, duas delas perdendo bandeiras, e a final foi mesmo entre Tomoka Takeuchi (JPN) e Patricia Kummer (SUI), as favoritas. Takeuchi começou na pista vermelha, mais rápida, e abriu vantagem, mas Kummer conseguiu tirar a diferença na segunda descida e a japonesa acabou forçando demais e perdendo uma das bandeiras, deixando o caminho livre para o ouro da Suíça. O bronze foi para a russa Alena Zavarzina.

Masculino
O russo Andrey Sobolev  fez o melhor tempo na qualificatória, mas foi mal nas duas corridas das oitavas de final e foi eliminado por Andreas Prommegger (AUT). Nas quartas e nas semi nenhuma virada, todo mundo que venceu a primeira descida se classificou após a segunda. Já na final, o russo Vic Wild, marido de Zavarzina, usou a pista mais rápida pra virar o jogo contra Nevin Galmarin (SUI), que errou a tangência de uma das últimas bandeiras e desistiu de tentar a vitória nos últimos metros. Zan Kosir (SLO) ficou com o bronze.

[Snowboard] Cross feminino

A qualificatória foi marcada pelos acidentes sofridos por Helene Olafsen (NOR) e Jacqueline Hernandez (USA), que precisaram ser resgatadas e nem voltaram para a segunda tentativa. Das outras vinte e duas participantes, doze passariam direto para a fase eliminatória e as outras teriam que realizar uma segunda descida. A brasileira Isabel Clark ficou exatamente na 12ª posição e se poupou de mais uma descida. O problema é que ela ficou balizada na mesma bateria da campeã olímpica de 2010, Maelle Ricker (CAN).

A primeira bateria das quartas de final não teve surpresas, Eva Samkova (CZE) abriu vantagem logo no início e venceu fácil. Já a segunda teve vários acidentes. A primeira a cair foi a própria Ricker, perdendo a chance de defender seu título. Depois a francesa que liderava a bateria aterrissou errado e caiu nas telas de proteção, assustando quem vinha atrás, a austríaca e a Isabel, que também caíram. Só duas fizeram a descida inteira sem cair e a primeira que conseguisse voltar após a queda também se classificaria. Foi a austríaca, e Isabel chegou na quarta posição. Torah Bright (AUS), que já não havia feito uma boa qualificatória, largou atrás na quarta bateria e quanto tentou fazer uma ultrapassagem pra ganhar uma posição acabou caindo e ficando de fora.

Samkova venceu a semifinal com ainda mais facilidade, a emoção foi toda pra segunda semifinal. Dominique Maltais (CAN) estava em quinto e conseguiu uma linda ultrapassagem dupla pra entrar na zona de classificação. À frente dela, Lindsey Jacobellis (USA), líder, caiu sozinha em uma aterrissagem e ficou em último, acumulando o terceiro fracasso em três Olimpíadas. Maltais, sabe-se lá como, acabou vencendo a bateria, em uma chegada definida no photofinish, com todo mundo escorregando na última aterrissagem e caindo sentada, deitada, de todo jeito.

Jacobellis venceu tranquila a pequena final e Samkova dominou a grande final. Mais uma vez largando bem, assumiu a ponta logo no início e não deu chances às adversárias. Maltais estava em terceiro durante boa parte do percurso, mas ultrapassou a búlgara Alexandra Jekova e ficou com a prata. O bronze foi para a francesa Chloe Trespeuch.

[Snowboard] Halfpipe feminino

Mais um favorito que não fica com o ouro no snowboard. Aliás, dois. Agora foi a vez de Torah Bright (AUS) e Kelly Clark (USA). Kelly bateu na rampa na primeira descida (assim como Shaun White ontem) e entrou pressionada na segunda. Até acertou sua volta, mas, por menos de um ponto, ficou com o bronze. Torah foi prata, também melhorando sua pontuação em relação à primeira descida. Por apenas 0,25 ponto o ouro ficou com Kaitlyn Farrington (USA), única a acertar totalmente as duas descidas e fazer mais de 85 pontos em ambas. O placar final foi de 91,75 para Farrington, 91,50 para Bright e 90,75 para Clark.

[Snowboard] Halfpipe masculino

Vi apenas a segunda descida da final, quando Shaun White (USA) já estava pressionado após ter caído na primeira. Os cinco primeiros colocados ao final da prova melhoraram suas notas na segunda descida, com destaque para o suíço Iouri Podladtchikov, que fez uma descida quase perfeita e recebeu 94,75, ficando com o ouro. Prata e bronze ficaram com os japoneses Ayumu Hirano, de 15 anos (que se tornou o medalhista mais jovem da história em esportes de neve) e Taku Hiraoka, de 18 anos. White até fez uma boa segunda descida, mas errou três aterrissagens e recebeu 90,25, ficando na quarta posição.

[Snowboard] Slopestyle feminino

Vi pouca coisa da semifinal, não tenho nada pra comentar. A final foi marcada por uma segunda descida com nível bem mais alto que a primeira, tanto que seis das sete primeiras colocadas melhoraram suas notas da primeira para a segunda, e a única que não melhorou foi porque caiu na segunda. Aliás, esta atleta, Sarka Pancochova (CZE), fez a melhor apresentação da primeira descida mas foi superada por quatro atletas na segunda. Essa queda que ela sofreu, inclusive, foi uma das mais graves da semana nessa pista, chegando a quebrar o capacete, mas ela saiu andando e até terminou a descida.

Anna Gasser (AUT), melhor nota da qualificatória de quinta-feira, protagonizou um momento pastelão na primeira descida da final. A câmera não pegou o início, não deu pra ver se ela escorregou ou o treinador que a liberou antes da hora, mas ela apareceu no meio da primeira rampa e teve que retornar ao ponto de largada. Não conseguiu escalar a subida, e o técnico desceu pra ajudar. Como estava sem esquis, o técnico escorregou na neve e quase caiu. Vendo que não ia ter jeito, ela fez o que devia ter feito desde o início e subiu para a largada por fora, por onde todo mundo entra. Gasser acabou cometendo erros nas duas descidas e terminou apenas em décimo.

Na segunda descida, Jenny Jones (GBR) fez uma ótima descida e assumiu a ponta, dando boas esperanças de medalha para seu país. Sina Candrian (SUI) chegou bem perto, mas por 0,25 ponto ficou atrás. A primeira a superar a britânica foi Enni Rukajavi (FIN), com a primeira nota acima de 90 pontos da final. Tora Bright (AUS), campeã olímpica do halfpipe, não foi bem e terminou em sétimo. Jamie Anderson (USA) acertou tudo na sua descida e conseguiu superar a finlandesa com 92,50 pontos. Com isso, os Estados Unidos fizeram a dobradinha no slopestyle, ouro no masculino e no feminino. Prata para a Finlândia e bronze para a Grã-Bretanha, a primeira medalha do país em esportes de neve na história dos Jogos de Inverno.

[Snowboard] Slopestyle masculino

Semifinal
A semifinal (ou repescagem) teve um bom nível, já que eram vinte e um atletas buscando apenas quatro vagas, não havendo margem para erros. O favorito, Mark McMorris (CAN), cometeu erros na primeira descida e entrou na segunda pressionado, em sétimo lugar. Conseguiu acertar todos os saltos e se classificou para a final em terceiro. O outro nome famoso do grupo, Yuki Kadono (JPN), também se classificou, em quarto. Billy Morgan (GBR), primeiro snowboarder a descer na primeira eliminatória de quinta-feira, surpreendeu e se classificou em primeiro, 0,25 ponto à frente de Sage Kotsenburg (USA). Os dois foram os únicos a fazer mais de 90 pontos.

Final
Todo mundo nervoso, muitos erros, várias quedas e novamente apenas duas notas acima de 90. Kotsenburg, vindo da repescagem, fez uma excelente primeira descida e recebeu 93,50, ficando em primeiro até o fim da competição. Mark McMorris novamente teve problemas na primeira descida, mas na segunda acertou tudo, ficando momentaneamente em segundo. Aí veio o norueguês Sandbech, segundo melhor na qualificatória e que havia feito a segundo pior primeira descida, e também acertou tudo, roubando o segundo lugar do canadense. Max Parrot, favorito, não teve um bom desempenho na primeira descida e na segunda, pressionado, ficou apenas em quinto. Primeiro ouro de Sochi foi para os Estados Unidos, prata para Noruega e bronze pro Canadá.

[Snowboard] Slopestyle

Masculino
O primeiro evento dos Jogos foi dividido em duas eliminatórias, com um looooongo intervalo entre elas. Na primeira parte, os britânicos me surpreenderam, mas a primeira posição ficou mesmo com um norueguês, o Sandbech. Deu pra ver que alguns atletas foram bem conservadores, talvez com medo da pista desafiadora. Tanto que apenas dois competidores tiveram nota acima de 90 pontos. A segunda bateria teve nível bem mais alto, com seis atletas chegando aos 90 pontos. Max Parrot (CAN) fez uma segunda descida impecável e ficou com a melhor nota do dia, 97,50. Mark McMorris (CAN), principal rival, caiu na primeira descida e não conseguiu chegar aos 90 pontos na segunda, tendo que disputar a semifinal na manhã de sábado. Nenhum americano se classificou direto para a final.

Feminino
O nível da primeira bateria foi regular, ninguém arriscou tanto. O momento de maior apreensão foi a queda da norueguesa Kjersti Buaas na segunda descida. Ela bateu com as costas e a cabeça na neve, mas se levantou logo, apesar da dor. A campeã olímpica em 2010 no halfpipe Tora Bright fez duas boas descidas, com notas parecidas, mas ficou em segundo, atrás da suíça Isabel Derungs. Assim como na prova masculina, a segunda bateria da feminina teve um nível mais alto, com a austríaca Anna Gasser fazendo duas descidas muito boas e ficando com a melhor nota, 95,50. Jamie Anderson (USA) desceu apenas uma vez e foi o suficiente pra conseguir 93,50 e ir direto pra final.