Os favoritos – parte 1

Em 2010 eu caí de paraquedas nas Olimpíadas de Inverno. Quando os Jogos de Vancouver começaram, numa sexta-feira de carnaval, eu não conhecia as modalidades e ficava assistindo sem entender muita coisa. Mesmo assim, me apaixonei pelo curling, torci feito um louco na final do hóquei, comemorei cada medalha do Canadá e, principalmente, curti o clima que só as Olimpíadas são capazes de proporcionar, ainda que pela tv (qualquer trocadilho com “clima”, levando em conta que fevereiro faz um calor desgraçado aqui no Recife, é mera coincidência).

Mas agora é diferente. Venho me preparando desde o início da temporada de esportes de inverno para acompanhar ainda melhor os Jogos. Assisti competições, aprendi regras, conheço atletas, sei explicar como funciona cada uma das 98 provas. Por isso, resolvi fazer aquilo em que todo brasileiro é especialista: palpitar.

Diferente das Olimpíadas de Verão, aqui não dá pra apontar um país que seja favorito em tudo. Nem mesmo um pequeno grupo de países que vá dominar o quadro de medalhas. Considero pelo menos cinco os que vão brigar pelo topo. Estados Unidos e Canadá contam com a força do hóquei, do snowboard e da patinação (e do curling, no caso dos canadenses). A Alemanha tenta manter o domínio no bobsleigh e no luge e beliscar medalhas em várias modalidades de esqui. A Noruega, berço do esqui nórdico, quer continuar forte no cross-country e precisa recuperar o território perdido nos últimos anos no salto e no combinado nórdico. Por último, a Rússia, apesar de não ser franca favorita em nenhum esporte, conta com o fator casa e com a força do esqui cross-country e da patinação artística para ter um bom desempenho.

Outros países, apesar de favoritos em apenas uma ou duas modalidades, podem aprontar em Sochi. A Holanda depende da patinação de velocidade e não vê problema algum nisso. A China, que foi ganhando força nos Jogos de Inverno através da patinação de velocidade em pista curta feminina, está botando suas asas de fora no esqui estilo livre. A Coreia do Sul tem vários nomes de peso nas três modalidades de patinação (artística, velocidade e velocidade em pista curta) e pode até repetir o Top 5 de 2010. A Suécia tem chances no hóquei, mas é do esqui cross-country que devem vir suas principais conquistas. Áustria e Suíça vão comemorar os resultados do salto de esqui, enquanto a França vai esperar medalhas no biatlo e a Austrália vai manter sua tradição de ir ao pódio em provas oriundas dos X-Games (esqui estilo livre e snowboard).

Nos próximos dias vou fazer posts detalhando meus favoritos em cada modalidade, sugerindo nomes para ficar de olho em fevereiro e explicando como funcionam as provas. Está chegando a hora!

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