patinação de velocidade

[Patinação de velocidade] Perseguição por equipes

A semifinal feminina já começou com surpresa, com a Polônia eliminando a Rússia. Na segunda semifinal, a Holanda disparou contra o Japão e chegou sobrando, mas mesmo assim quebrou o recorde olímpico que havia sido estabelecido ontem pela mesma equipe.

Nas finais, a Holanda dominou novamente e estabeleceu novos recordes olímpicos tanto no masculino quanto no feminino. Um encerramento perfeito para uma campanha histórica do país nos Jogos. Prata para Polônia no feminino e Coreia do Sul no masculino e bronze para Rússia no feminino e Polônia no masculino.

[Patinação de velocidade] 10000m masculino

Como todas as provas da patinação de pista longa, começou com os pares mais fracos e foi pegando fogo à medida que os melhores atletas entraram no gelo. Na quinta das sete baterias, o holandês Bob de Jong voou e chegou a dar uma volta completa no par alemão. Na primeira metade da prova correu em ritmo de recorde mundial, mas no fim (talvez até por conta do alemão que ele teve que ultrapassar) baixou o melhor tempo em sete segundos.

No penúltimo par veio o campeão mundial de 2013 Jorrit Bergsma (NED), que teve uma estratégia oposta ao de Jong: começou num ritmo mais baixo (mas ainda assim melhorando o tempo do compatriota) e acelerou muito na segunda metade, quebrando o recorde olímpico em mais de 14 segundos e assumindo a liderança com 22 segundos de vantagem. Sven Kramer veio no último par, junto com o atual campeão olímpico, Seung Hoon Lee (KOR). Os dois começaram muito fortes, passando até três segundos abaixo da marca do Bergsma. Lee cansou primeiro e ficou pra trás, Kramer cansou no último terço de prova e começou a virar acima. Como tinha uma boa margem, Kramer fechou a prova em segundo. Ouro e recorde olímpico para Jorrit Bergsma, prata para Sven Kramer e bronze para Bob de Jong.

[Patinação de velocidade] 1500m feminino

Mais um dia histórico na Adler Arena. Ainda na primeira metade da prova, no último par (o que pegou o gelo mais desgastado), a holandesa Jorien ter Mors simplesmente destruiu o tempo da russa Olga Faktulina, baixou em mais de quatro segundos e, não satisfeita, ainda quebrou o recorde olímpico da prova em mais de meio segundo.

Ninguém que veio nos nove pares seguintes conseguiu chegar perto desse tempo, exceto Ireen Wust (NED), que foi a única a ficar a menos de um segundo de desvantagem e quase fez um tempo melhor que o recorde olímpico anterior, de 2002. Pra fechar a supremacia holandesa na prova, que já tinha Marrit Leenstra em terceiro, Lotte van Beek correu no último par e ficou com a medalha de bronze, empurrando Leenstra pra quarto e deixando a Holanda com as quatro primeiras posições do quadro geral.

[Patinação de velocidade] 1500m masculino

Em um determinado momento da prova tínhamos três holandeses nas três primeiras posições, mas nenhum deles acabou ganhando medalha. Na mesma bateria de Shani Davis (USA), que fracassou novamente e terminou em 11º, o polonês Zbigniew Brodka registrou o melhor tempo, 1:45.06, que seria mantido até o último par, no qual correu Koen Verweij (NED). Ele fez exatamente o mesmo tempo e por um momento o placar mostrou os dois empatados. Só que não existe empate na patinação, então a decisão foi para a casa dos milésimos. Por TRÊS milésimos, o polonês ficou com o ouro e o holandês com a prata. O bronze foi para Denny Morrison (CAN).

[Patinação de velocidade] 1000m masculino

Vi apenas os últimos pares, a partir da 16ª dupla, que fez os melhores tempos e assumiu primeiro e segundo lugares, Stefan Groothuis (NED) e Nico Ihle (GER). O 17º par, Denny Morrison (CAN) e Michel Mulder (NED), se colocou entre os dois, e nenhum dos três pares que vieram depois conseguiu chegar perto. Nem Shani Davis, americano favorito a medalha, que chegou apenas em oitavo.

[Patinação de velocidade] 500m feminino

Só vi o finalzinho, por causa do biatlo, mas pude testemunhar o duplo recorde olímpico de Lee Sang Hwa, que fez 37,28s na segunda corrida, dois centésimos a menos que a melhor marca, e 74,70s no tempo somado, baixando em cinco centésimos o recorde registrado em Salt Lake City. A prata ficou com Olga Fatkulina (RUS) e o bronze com Margot Boer (NED), que surpreendeu.

[Patinação de velocidade] 500m masculino

Uma prova que demorou horas pra ficar emocionante, mas quando ficou, foi tudo de uma vez só. Dois holandeses lideraram a primeira corrida, Jan Smeekens e Michel Mulder. O irmão gêmeo do Michel, Ronald, havia ficado em sexto na primeira corrida, mas fez o melhor tempo do dia na segunda e assumiu a ponta na soma dos tempos. Michel veio na penúltima bateria e conseguiu ser 15 centésimos de segundo mais rápido. Na última bateria, Smeekers conseguiu ficar entre os dois, a apenas um centésimo de segundo do Michel, e chegou a comemorar o ouro quando o placar mostrou os dois empatados. Após a correção, segundos depois, seu técnico deu socos na proteção da pista, inconformado. A Holanda, que nunca havia ganho uma medalha na prova dos 500m, faturou logo as três hoje.

[Patinação de velocidade] 3000m feminino

A Adler Arena veio abaixo quando a russa Olga Graf assumiu a liderança após dez dos catorze pares. A expectativa, entretanto, era de que pelo menos três adversárias a superassem. Claudia Pechstein (GER) foi a primeira a entrar na pista e fez um tempo quase dois segundos pior. Mas Martina Sablikova (CZE), campeã olímpica, não deu chances para a russa e assumiu a ponta, um segundo e meio mais rápida. Irene Wust (NED) não  tomou conhecimento desse tempo e quase baixou da marca de quatro minutos, fechando a prova em 4:00,34 e conquistando o segundo ouro da Holanda em Sochi. Graf, em terceiro, tornou-se a primeira medalhista do país anfitrião nesta edição dos Jogos.

[Patinação de velocidade] 5000m masculino

Não sou muito fã de patinação de velocidade, mas essa prova até foi interessante. O polonês da segunda bateria fez um tempo muito bom e demorou até ser superado. Só que aí os tempos começaram a despencar. Ao final da segunda das três partes, a Rússia tinha os dois melhores tempos, com o líder Denis Yuskov tendo chegado a ficar sete segundos abaixo do melhor tempo até aquele momento e terminando a prova com três segundos de vantagem.

Só que a terceira parte começou com Sven Kramer, que destroçou o relógio e foi oito segundos melhor que Yuskov, quebrando o recorde olímpico com 6:10.76. Seu compatriota Jorrit Bergsma até tentou, mas não conseguiu manter o ritmo durante a segunda metade da prova e ficou em segundo. Na bateria seguinte Jan Blokhuijsen roubou o segundo lugar e a Holanda ficou com as três primeiras posições. Já no meio da última bateria dava pra saber que o pódio seria completo holandês, já que alemão e coreano não chegaram nem perto dos melhores tempos. Competição concluída, pódio triplo confirmado, festa holandesa na arquibancada.